Hackers são pessoas que se dedicam a
conhecer profundamente e modificar aspectos internos de programas, redes
e dispositivos de computador. Com isso, desenvolvem um talento fora do
comum, capaz de alcançar soluções e efeitos que ultrapassam os limites
do funcionamento regular dos sistemas planejados por seus criadores.
Poderia ser até uma profissão, caso grande parte dos hackers não usasse
seus conhecimentos para invadir redes, programas e sistemas alheios, até
mesmo do governo - o que, legalmente, se configura como crime.
As habilidades citadas acima são muito
úteis quando usadas com algum direcionamento positivo. É o que, parece, o
governo norte-americano tem intenção de fazer. Recentemente, o
conselheiro do presidente dos EUA, John Arquilla, disse a um jornal
inglês que o Departamento de Defesa do país pretende contratar cem
hackers, especialmente russos, para aplicar o que sabem, combatendo o terrorismo e projetando sistemas de segurança para agências governamentais.
O conselheiro diz que os Estados Unidos
não estão indo bem na “corrida cibernética global” porque, ao invés de
investir em estratégias mais econômicas e eficientes, como a utilização
de especialistas (hackers, por exemplo), "preferem gastar bilhões de
dólares em armamentos pesados de guerra, como tanques, aviões e
porta-aviões inúteis", em suas palavras.
Por parte dos hackers, a iniciativa
parece ser interessante. Um russo conhecido como Zeus disse que
trabalharia com os norte-americanos se recebesse um salário justo, boas
condições de vida e não fosse obrigado a exercer ações contra seu
próprio país. Outro disse que cooperar com os EUA pode ser um grande
risco, mas também pode ser bastante estável e lucrativo.
Na verdade, essa ideia pode se mostrar
bem inteligente e mais eficaz do que os atuais meios de combater a
“ciberguerra”, condenando e prendendo os hackers que são descobertos – o
que não é tão fácil assim. De acordo com Arquilla, “o controle político
e militar será muito mais eficiente quando os principais hackers
trabalharem para nós. Eles estão sendo processados e colocados na
cadeia; é ao mesmo tempo ridículo e preocupante”, diz. Ao invés de
processá-los por um conhecimento que possuem, a ideia é incentivar e
usar tal recurso ao favor do governo.
FONTE: Click News
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